"Equilíbrio", de .Gica Natali |
Confrários!: Neologismo utilizado pelos participantes da Confraria, nascido da junção das palavras confrades e revolucionários!
domingo, 25 de maio de 2014
Semana dos Poetas Contemporâneos: "Animus", .Gica Natali
ANIMUS
c
a
i
num precipício
ponto final degrau em mim
início
.
fim
.Gica Natali
c
a
i
num precipício
ponto final degrau em mim
início
.
fim
.Gica Natali
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Anima", de .Gica Natali
ANIMA
com a ponta do dedo molhado na língua
assopro a chama da vela
acendo
a chama da vida
.Gica Natali
com a ponta do dedo molhado na língua
assopro a chama da vela
acendo
a chama da vida
.Gica Natali
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Vida", de .Gica Natali
VIDA
quero o apenas
de dar forma aos pensamentos
cheiro aos momentos
ver do vermelho a vida
sem desperdícios
gotejar
dar cor ao menor toque
para flor que exala perfume entre os catarros da noite
.Gica Natali
quero o apenas
de dar forma aos pensamentos
cheiro aos momentos
ver do vermelho a vida
sem desperdícios
gotejar
dar cor ao menor toque
para flor que exala perfume entre os catarros da noite
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Ciência", de .Gica Natali
CIÊNCIA
não faço reza nem poesia
faço mandinga de amor
ritual
feitiço e magia
venham bonecas antigas
cheias de vida
meus talismãs
caveiras tragam suas almas partidas e repartidas
sábias da minha vida
chamo todas à cirandar
dançar batucar
meu tambor de couro seco ossos e sinos:
som que do oco evoca seus seres prisioneiros
e os tornam um passarinho
nessa ciranda
somos água fogo furacão
no meu jardim de bosch
que nele viva a vida
chova sem deixar água sobrar
cresçam milho papoula e estrume
e que sopre um vento doce
para planar um passarinho
.Gica Natali
não faço reza nem poesia
faço mandinga de amor
ritual
feitiço e magia
venham bonecas antigas
cheias de vida
meus talismãs
caveiras tragam suas almas partidas e repartidas
sábias da minha vida
chamo todas à cirandar
dançar batucar
meu tambor de couro seco ossos e sinos:
som que do oco evoca seus seres prisioneiros
e os tornam um passarinho
nessa ciranda
somos água fogo furacão
no meu jardim de bosch
que nele viva a vida
chova sem deixar água sobrar
cresçam milho papoula e estrume
e que sopre um vento doce
para planar um passarinho
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Li na borra do café:/ Foi veneno/ O/ Recado", de .Gica Natali
LI NA BORRA DO CAFÉ:
FOI VENENO
O
RECADO
menino sozinho, por favor, veja como são minhas as mãos em teu rosto
enquanto choras coragens
são como meus olhos que te esperam e procuram
o sol precisa brilhar
não é hora de dengo e escuridão
já não é só poesia ou só pensamento
é um escondido de dentro que quer sair pra não voltar mais
como uma porta ao bater para sempre
menino sozinho
amor já é luta e juntos seremos revolução
sem sua mão não há elo e a ciranda mais linda é quebrada e passa: não
[muda nada
menino sozinho
desperte!
já é amanhã
.Gica Natali
FOI VENENO
O
RECADO
menino sozinho, por favor, veja como são minhas as mãos em teu rosto
enquanto choras coragens
são como meus olhos que te esperam e procuram
o sol precisa brilhar
não é hora de dengo e escuridão
já não é só poesia ou só pensamento
é um escondido de dentro que quer sair pra não voltar mais
como uma porta ao bater para sempre
menino sozinho
amor já é luta e juntos seremos revolução
sem sua mão não há elo e a ciranda mais linda é quebrada e passa: não
[muda nada
menino sozinho
desperte!
já é amanhã
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Absinto", de .Gica Natali
ABSINTO
fossem noventa invernos em frio as rugas em minha pele
fossem noventa anos as minhas atrofias
que fossem vidro meus ossos trincados
meu corpo no calor nu do seu
rejuvenesceria
.Gica Natali
fossem noventa invernos em frio as rugas em minha pele
fossem noventa anos as minhas atrofias
que fossem vidro meus ossos trincados
meu corpo no calor nu do seu
rejuvenesceria
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Invasivo", de .Gica Natali
INVASIVO
embalo-te em meu ventre
nessa poça ondular
desafogo-te e me desvendo
alma consumida em carne
desenhada
fruto suculento de lágrimas espessas
fermentadas em medos e dores ancestrais
em mãos que tateiam as pedras e mapeiam a terra
acolhida me ressoo em luz
e se na barbárie o temor de céu cinza azul, terremoto, sombra, sol ou
areia ao vento
se em fendas fétidas um rebento aberto do meu corpo translucido emanava fel
são batalhas da vida
e minha paixão por ela é munição maior
.Gica Natali
embalo-te em meu ventre
nessa poça ondular
desafogo-te e me desvendo
alma consumida em carne
desenhada
fruto suculento de lágrimas espessas
fermentadas em medos e dores ancestrais
em mãos que tateiam as pedras e mapeiam a terra
acolhida me ressoo em luz
e se na barbárie o temor de céu cinza azul, terremoto, sombra, sol ou
areia ao vento
se em fendas fétidas um rebento aberto do meu corpo translucido emanava fel
são batalhas da vida
e minha paixão por ela é munição maior
.Gica Natali
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Jardim", de .Gica Natali
JARDIM
enquanto estiver aqui
desbravarei teus olhos
invadirei incertezas
como quem desvenda um matagal
na sequência dos ventos
entregar-te-ei as mãos
e no jardim da coragem
entre afetos perdidos
verei em você o que não era moral
com a certeza do silêncio
em minha sentença um veneno, letal?:
no Abraço
esperarei a cantiga
para dividir o mel e a colmeia
em teu abrigo complexo de formigas
diante os perigos da miséria
a vida sem plateia
dança
um erotismo cívico
um sexo público?
ainda não sei
só sei que na tua fraqueza
não serei eu
quem te empurrará no abismo
mas seguiremos juntas
diminuindo distâncias
ao afiarmos espinhos
no colorido das flores
.Gica Natali
enquanto estiver aqui
desbravarei teus olhos
invadirei incertezas
como quem desvenda um matagal
na sequência dos ventos
entregar-te-ei as mãos
e no jardim da coragem
entre afetos perdidos
verei em você o que não era moral
com a certeza do silêncio
em minha sentença um veneno, letal?:
no Abraço
esperarei a cantiga
para dividir o mel e a colmeia
em teu abrigo complexo de formigas
diante os perigos da miséria
a vida sem plateia
dança
um erotismo cívico
um sexo público?
ainda não sei
só sei que na tua fraqueza
não serei eu
quem te empurrará no abismo
mas seguiremos juntas
diminuindo distâncias
ao afiarmos espinhos
no colorido das flores
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Chantagem", de .Gica Natali
CHANTAGEM
em troca te dou o vulcão que explode em silêncio palavras corrosivas
e escorre livre
sem alvos sem miras
lava
o vazio que ficou em mim
e queima o que foi você
.Gica Natali
em troca te dou o vulcão que explode em silêncio palavras corrosivas
e escorre livre
sem alvos sem miras
lava
o vazio que ficou em mim
e queima o que foi você
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Ciclos", de .Gica Natali
CICLOS
amores. poemas. coágulos não secam
sangria
nasce aos pedaços apascentada em lágrimas de silêncio
ninguém espia
poemas estancam
.Gica Natali
amores. poemas. coágulos não secam
sangria
nasce aos pedaços apascentada em lágrimas de silêncio
ninguém espia
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Semana dos Poetas Contemporâneos: Tela "Manifesto contra o estatuto do nascituro", de .Gica Natali
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Fel", de .Gica Natali
FEL
palavras não ditas pulsam
e se agarram desesperadas no esquecimento
esse sentimento de expulsar o encouraçado
o docinho seca coágulos de ilusão
.Gica Natali
palavras não ditas pulsam
e se agarram desesperadas no esquecimento
esse sentimento de expulsar o encouraçado
o docinho seca coágulos de ilusão
.Gica Natali
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Livre", de .Gica Natali
LIVRE
eu li sentimentos e não eram palavras
reversos
ruínas
eram versos que na calada noite, iam :
eram meu medos
não vou ler meus medos como quem, sentada, pinga veneno no caos
.Gica Natali
eu li sentimentos e não eram palavras
reversos
ruínas
eram versos que na calada noite, iam :
eram meu medos
não vou ler meus medos como quem, sentada, pinga veneno no caos
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Ponto de Encontro", de .Gica Natali
PONTO DE ENCONTRO
como posso não olhar-te se teus olhos habitam o ser em mim e como podes não
[corresponder amor
se na dúvida do silêncio fui homem como você e sou
essa tristeza e dor é a recusa de existirmos em cuidados que se foram belos
e se com eles eu me for
será para rasgarmos o depois e sorrirmos quando junto morrermos
.Gica Natali
como posso não olhar-te se teus olhos habitam o ser em mim e como podes não
[corresponder amor
se na dúvida do silêncio fui homem como você e sou
essa tristeza e dor é a recusa de existirmos em cuidados que se foram belos
e se com eles eu me for
será para rasgarmos o depois e sorrirmos quando junto morrermos
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Semana dos Poetas Contemporâneos: "Quem é ela/ Quem sou eu?", de .Gica Natali
QUEM É ELA
QUEM SOU EU?
nós cantamos baixinho
sons mecânicos na oficina de papai me relembrava um domingo passado
lá de longe eles vieram
cortar meus cabelos que caiam
lentamente
porque quando a queda é lenta faz sentir-se mais
(a cada fio
uma lembrança
nítidas dúvidas
meu precipício
sem esperanças
o corte mostra)
metamorfose de um passado
forçados entre luzes e sombras
naquela manha eu só queria as luzes da calma
acordar e respirar sem pensar no pulmão
tomar o leite da vaca e não a vácuo
o mel das crianças
com nata no pão
o cheiro de todas as manhãs
o cheiro de todas as manhãs
mamãe é o cheiro de todas as manhãs
ela entra no quarto
sem bater
me acorda sem falar
fala sem pensar
pensa teimosia?
pura poesia
casquinha de ferida na minha semente
me invade e me sente
e me ensina o sentir ser mãe
o que não sou
ela me une
e me afasta quando é preciso ser livre
voar
como corpos nus abraçados na imensidão
guarda meus voos
pra quando for preciso manter meus pés no chão
somos feitas onde a tristeza é sinal de alerta
num reino sem rainhas devastado por amor
entre goiabas em compotas sucos e geleias, bergamotas, flores de maracujá, jabuticabas, formigas e uma pulga com piolho atrás da orelha
dividimos a semelhança no silêncio dos olhos
e quando pergunto quem sou ela?
com os olhos na pergunta
respiro quem adormece por mim numa cadeira dura de hospital
e com o ar cheio de luz em meus pulmões
diz que somos tantas
é em quem clamo para amanhecer com vida
é onde os pássaros algazarram em círculos
e cantam quero quero!
.Gica Natali
QUEM SOU EU?
nós cantamos baixinho
sons mecânicos na oficina de papai me relembrava um domingo passado
lá de longe eles vieram
cortar meus cabelos que caiam
lentamente
porque quando a queda é lenta faz sentir-se mais
(a cada fio
uma lembrança
nítidas dúvidas
meu precipício
sem esperanças
o corte mostra)
metamorfose de um passado
forçados entre luzes e sombras
naquela manha eu só queria as luzes da calma
acordar e respirar sem pensar no pulmão
tomar o leite da vaca e não a vácuo
o mel das crianças
com nata no pão
o cheiro de todas as manhãs
o cheiro de todas as manhãs
mamãe é o cheiro de todas as manhãs
ela entra no quarto
sem bater
me acorda sem falar
fala sem pensar
pensa teimosia?
pura poesia
casquinha de ferida na minha semente
me invade e me sente
e me ensina o sentir ser mãe
o que não sou
ela me une
e me afasta quando é preciso ser livre
voar
como corpos nus abraçados na imensidão
guarda meus voos
pra quando for preciso manter meus pés no chão
somos feitas onde a tristeza é sinal de alerta
num reino sem rainhas devastado por amor
entre goiabas em compotas sucos e geleias, bergamotas, flores de maracujá, jabuticabas, formigas e uma pulga com piolho atrás da orelha
dividimos a semelhança no silêncio dos olhos
e quando pergunto quem sou ela?
com os olhos na pergunta
respiro quem adormece por mim numa cadeira dura de hospital
e com o ar cheio de luz em meus pulmões
diz que somos tantas
é em quem clamo para amanhecer com vida
é onde os pássaros algazarram em círculos
e cantam quero quero!
.Gica Natali
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Semana dos Poetas Contemporâneos: Apresentação de .Gica Natali
Foto: Daniel Altman |
APRESENTAÇÃO:
Gisele Alba Natali, nascida na Zona Leste de São Paulo, começou a abrir uma fenda para o horizonte ao iniciar sua carreira na PUC SP. Trabalhou como operadora de cópias, uma oportunidade para estudar com bolsa de estudos. Formada em Pedagogia por esta instituição, permaneceu por dez anos, arriscou voo maior ao iniciar o mestrado em educação, o que lhe rendeu uma reprovação.
Dessa valorosa experiência vieram outras para solidificar sonhos, trabalhou com jovens em situação de vulnerabilidade social, acolhidos pelo pela Secretaria de Segurança em um projeto chamado PROTEJO Novo Hamburgo RS. Como continuidade, veio oportunidade de colocar a teoria estudada em prática, na Secretaria de Assistência Social de Novo Hamburgo, no cargo Gerente de Gestão e Avaliação da Informação.
De tudo, permaneceu o desejo de descobrir a relevância da arte para a trajetória de crianças em situação de abandono, como instrumento de emancipação. Leva para a vida estudos sobre educação, sociedade, infância, gênero e juventude.
Atualmente pintar e escrever são tentativas de construir uma realidade diferente, transformar relações de opressão em palavras, formas e cores usando símbolos milenares da psique coletiva.
Teve seu primeiro poema e tela publicados na Revista Ellenismos - http://www.ellenismos.com/
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segunda-feira, 19 de maio de 2014
Semana dos Poetas Contemporâneos
SEMANA DOS POETAS CONTEMPORÂNEOS
Confraria dos Poetas
Durante 06 semanas 06 poetas serão apresentados e 84 poemas serão divulgados...
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