INVASIVO
embalo-te em meu ventre
nessa poça ondular
desafogo-te e me desvendo
alma consumida em carne
desenhada
fruto suculento de lágrimas espessas
fermentadas em medos e dores ancestrais
em mãos que tateiam as pedras e mapeiam a terra
acolhida me ressoo em luz
e se na barbárie o temor de céu cinza azul, terremoto, sombra, sol ou
areia ao vento
se em fendas fétidas um rebento aberto do meu corpo translucido emanava fel
são batalhas da vida
e minha paixão por ela é munição maior
.Gica Natali
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