Confrários!: Neologismo utilizado pelos participantes da Confraria, nascido da junção das palavras confrades e revolucionários!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Adriana Ronchi - Sem título


(Adriana Ronchi)

É o tom, o som a voz.
São acordes indescritíveis, são palavras inarráveis aos ouvidos e soletradas ao coração.
É o gesto simples e pequeno é a forma de dizer, ou como se diz a mais simples de todas as silabas que compõe palavras.
A mágica está no tom, na forma como ele penetra os ouvidos e faz com que todo o corpo pulse, sem mais precisar explicar ou elaborar alguma teoria a respeito.
E assim eu novamente me lanço, só que neste momento me entrego em queda livre ao vento e peço que me arrebate antes que meus pés toquem o chão, na verdade peço-lhe para que nunca mais eu pise os pés no chão.
São pensamentos, sentimentos e presunções. Sou apenas eu, e você é apenas você, são pensamentos, sentimentos, cada um com a sua versão predileta de uma musica.
São mundos que talvez nunca se encontrem. Mas penso em encontrá-la, em algum verso que você cantou ao vento.
E assim, a cada palavra iremos nos compondo, compondo uma musica que jamais será cantada, mas que permanecerá eterna com seus versos dentro de nós.

Adriana Ronchi - Alma


ALMA
(Adriana Ronchi)

Entre a Razão e o Espírito, fico com o Espírito, porque este mesmo me possibilita amar.
Amar.
Ou, na verdade, me possibilita acreditar em algo que ultrapasse a linha de desentendimentos que se chama vida.
Vida.
A obtenção de respostas a algumas questões.
Na verdade, esse é o papel da Razão, a obtenção da resposta.
Então, me desprego do Espírito e dou forma a toda resposta; tendo, assim, a ciência como fato.
Ou não.
Na verdade, ambos me assombram.
Na verdade, ambos me compõem.

E você, o que pensa sobre isso?

Adriana Ronchi

Adriana Ronchi, 26 anos, paulista




Participou de um antologia da Confraria dos Poetas:

- "III Antologia - Confraria dos Poetas"

Victória Sales - Pagú


PAGÚ
(Victória Sales)

Posso te sentir dentro de mim
Mesmo ainda não estando aqui
Desejo te-la em meus braços cada dia mais,
Quero ver-te crescendo dentro de mim
E que me faça crescer como você.
Minha Pagú amo-te tanto,
Mesmo você não sendo mais de um nome
Que ecoa em minha mente,
Uma vontade, um sonho...
Meu maior e o mais lindo sonho.
Toda vez que toco minha barriga
É com se eu pudesse senti-la.
Viva dentro de mim.
O que sinto por ti é tão forte
Que mal cabe em meu ser,
Meus olhos transbordam de felicidade
Apenas de pronunciar seu nome
Sei que estas em algum lugar
Lendo essas mal escritas palavras que dedico a ti.
Eu conto os dias para poder ver seu lindo rosto
Meu amor!
Minha pequena Pagú.

Victória Sales - África


ÁFRICA
(Victória Sales)

As lágrimas que choraste hoje me pertencem
As dores que sentiste hoje são minhas
O sofrimento que um dia foi teu hoje é meu,
As humilhações que sofreste ainda hoje as sofro.
Sou o passado sofrido de um povo,
Sou as esperanças esquecidas na travessia da Calunga Grande,
Sou a garra da África brasileira
Sou o canto dos terreiros e as rodas de capoeira,
Sou a mãe negra que viu seu filho morrer na mão dos brancos.
Sou o preto velho sentado no toco
Sou a história de um povo
Sou filha da África
Por ser filha da África, ainda sinto as dores do açoite
Ainda escuto o barulho das chibatas
E vejo o sorriso na cara daqueles que escravizaram meu povo

Victória Sales

Victória Sales, 19, paulista


Participou de um antologia da Confraria dos Poetas:
- "III Antologia - Confraria dos Poetas"

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cid Oliveira - Na Lida do Momento


NA LIDA DO MOMENTO
(Cid Oliveira)

Meus pés no asfalto
Trilham pelo rumo de um beijo a cada passo
Na direção de cada momento
Na intenção de tudo o que sinto e que faço
Os olhos bebem tudo e me embriago
Tranço e embaraço várias letras no tempo
E assim disfarço esse meu sentimento
No alívio das horas em tudo o que trago!
Só mesmo a poesia me acalma da agonia do existir
E quando da lida me volto
Caminho na noite e me solto
Em busca do meu elixir!

Cid Oliveira - Engasgo…


ENGASGO…
(Cid Oliveira)

Quando vi tua pele com os olhos da minha,
Senti a química de tudo o que ainda não tinha.
Beijei os seios que me deram o leite,
Virtual da minha boca e absoluto deleite.
Matei minha mãe com azeite… aceite!
Senti o cheiro do doce azedo
Porque, de mim, tinha medo
Do engasgo do mais tolo enfeite!
Credo em cruz! Onde aponta o dedo?

Cid Oliveira

Cid Oliveira, 45 anos, paulista




Participou de 1 antologia da Confraria dos Poetas:

- "III Antologia - Confraria dos Poetas"

Alexandre Rauh - No dia a dia do trabalho


NO DIA A DIA DO TRABALHO
(Alexandre Rauh)

No dia a dia do trabalho
Todo dia é o mesmo dia
Toda hora a mesma hora
Pra quem acorda, sem hora pra dormir
Pra quem dorme, sem hora pra acordar

O tempo da preguiça acaba cedo na infância
A brincadeira perde espaço pro trabalho
A criança dorme
Acorda adulta
O jovem sonha
Acorda velho

A cidade engole as gentes
O trabalho não alimenta a fome
O dinheiro passeia nos bolsos gordos
As moedas caem dos furados

No dia a dia do trabalho
A esperança alimenta o bolso, a fome, a criança, o jovem, o velho…

Alexandre Rauh - Cotidiano de João


COTIDIANO DE JOÃO
(Alexandre Rauh)

E João mais uma vez caminha para escola
Mais uma madrugada em sono de pedra
Mais uma manhã sem café
Mais um almoço de dez minutos
Mais um dia de solitária irrealização profissional
Mais uma noite de horas aulas de sono
Mas João vai dormir contente
Mais um dia de madrugada em sono de pedra, sem sonhos.

Alexandre Rauh

Alexandre Rauh, 28 anos, mato-grossense


Participou de 1 antologia da Confraria dos Poetas:
- "III Antologia - Confraria dos Poetas"

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Glayton Robert - Tristeza do Beija-Flor

TRISTEZA DO BEIJA-FLOR
(Glayton Robert)

O Beija-Flor, se pudesse,
Amaria, sem vergonha, a Maria-sem-vergonha
com toda cor, ação e coração…
Mas não beija, a flor, o Beija-Flor
que, com coração partido, triste por sua vida
sofre a desilusão dessa ilusão
sem perceber o amor-perfeito que lhe quer dar a Margarida.

Glayton Robert - Comparações 2

COMPARAÇÕES 2
(Glayton Robert)

Não há neste mundo
nem por um segundo
amor maior que o meu.

Nem Dirceu,
nem Romeu,
nem Orfeu,
nenhum deles amou mais do que eu!

O amor de Dirceu por Marília
com toda sua doce melancolia
não foi maior, nem por um dia
que todo o nosso amor e alegria;

Nem mesmo Shakespeare poderia imaginar
que Romeu e Julieta poderiam se matar
por não poderem nunca se igualar
ao nosso jeitinho simples da amar;

Até Eurídice morreu
depois que percebeu
que o amor de Orfeu
não era, nem de longe, igual ao meu.

Então, creia no que eu disse
e que ninguém se intrometa
nessa nossa filosofia
que acaba de ser contada.
Pois bem mais do que Eurídice,
muito mais que Julieta,
mais também do que Marília
você sempre será amada.

Por isso repito aqui o que você já leu:
Nem Dirceu,
nem Romeu,
nem Orfeu,
nenhum deles amou mais do que eu!

Glayton Robert Fontoura

Glayton Robert Fontoura, paulista, 39 anos
Conselheiro Fiscal da Confraria dos Poetas


Não participou de nenhuma antologia da Confraria dos Poetas.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Felipe Dias (Chuck) - Real ou Abstrato

REAL OU ABSTRATO
(Felipe Dias - Chuck)

O fio que a aranha tece
é mais resistente que o metal
O fogo que te aquece
pode te queimar no final

Acenda uma vela
Faça uma prece
Mas, não se esqueça:
Nada é o que parece

Sem corante
Sem conservante
Cem por cento natural
Como distinguir o abstrato do real?

Para entender…
Um tapa no cigarro e um gole de café
Pra confundir…
O olhar e os lábios de uma mulher

Eu poderia até ser…
Um pouco mais claro
Um pouco mais direto
Mas o melhor é deixar quieto

Pois a beleza de sermos humanos
Está no fato de não sermos literais…

Felipe Dias (Chuck) - O Rio é um lixo!


O RIO É UM LIXO
(Felipe Dias - Chuck)

O cheiro de podre da baia,
E o concreto e o asfalto coberto por lodo.
Os automóveis indo, vindo e poluindo,
enquanto o sol brilha além da nuvem negra.
O Rio é um lixo!

Fumar um cigarro ao lado de Drummond,
ou cumprimentar Caymmi com o aperto de mão.
Ver do café em Ipanema o mar sujo cobrir a areia,
e a velha índia me dando um presente pra minha sereia.
O Rio é um lixo!

O cristo coberto por nuvens...
E o morro coberto de luzes...
A macumba boiando a esmo...

A maresia tocando meu rosto...
Lembrando-me do seu beijo...
O sol se põe melancólico mostrando-me a distancia...

Sem seu olhar para me excitar, sem seu sorriso...
O Rio... Sem ELA é um lixo...

Felipe Dias dos Santos (Chuck)


Felipe Dias dos Santos (Chuck), paulista, 22 anos
Conselheiro Fiscal da Confraria dos Poetas


Participou de 1 antologia da Confraria dos Poetas:
- "III Antologia- Confraria dos Poetas"

domingo, 19 de agosto de 2012

Fabrício Mendes (Tatu) - Portas

PORTAS
(Fabrício Mendes - Tatu)

O sono se vai,
Os sonhos se vão, presos
em meu coração
Como portas que se fecham
Portas que jamais se abrirão
Portas de um mundo de solidão
Portas que não me deixam sair,
Que me impedem de prosseguir
Não sei, não posso, não consigo,
Não quero
Não quero esquecer

Fabrício Mendes (Tatu) - Coração e Razão

CORAÇÃO E RAZÃO
(Fabrício Mendes - Tatu)

Existe razão no coração?
Existe coração na razão?
O que é o coração senão um pedaço de carne e músculos…
Mas, se é apenas carne e músculos…
por que dizemos que sentimos algo dentro dele?
E, se sentimos realmente algo dentro dele…
o que são esses sentimentos que nos trazem apenas…
Dor…
Sofrimento…
Dor…
Sofrimento…
E
Alegria…? (de vez em quando)

Fabrício Mendes (Tatu)

Fabrício Mendes Pereira, paulista, 29 anos
Conselheiro Fiscal da Confraria dos Poetas


Participou de 1 antologia da Confraria dos Poetas:
- "III Antologia- Confraria dos Poetas"

Fernando Sanches (Poeta das Almas)

(Poeta das Almas)

Quero fantasiar em seu mundo
E ouvir o suspiro em ardência na sua alma
Quero tocar o seu olhar desnudo
E pedir o seu sentir que me acalma.

... Quero sua língua confrontando o gosto da minha
E possuir o seu corpo inerte por desejos
Quero desejar como tudo que me ensinas
E provar o teu corpo sobre intensos beijos.

Quero te sentir na vertigem no silêncio
E nele te ver encaixar como amante
Quero ver seu gemido instalar no vazio
Em você provocar a sedução no instante

Quero te despir por inteira e contemplar-te
Na beleza de sua pintura íntima
Quero fazer de ti minha ninfa ao deslumbrante
Instante ao amante, instigante da sua alma.

Fernando Sanches (Poeta das Almas) - Poesia no Metrô

POESIA NO METRÔ
(Poeta das Almas)

Como um breve pulsar eles trocaram olhares, como se fossem velhos conhecidos. Ficaram por minutos falando um ao outro pela linguagem dos olhos.
Quando ela se aproximou, ele sabia que tinha chegado a sua estação. O trem parou, não restou mais nada a dizer, e lá estavam os seus destinos apresados mais uma vez.
A porta se abriu, ela sorriu como um fragmento do tempo da partida. Ela olhou bem dentro de seus olhos, e disse com uma profundeza sem palavras: Eu ti conheço, mais não sei de onde, já estivemos juntos. Como um breve sonho poético.
Quando ele percebeu, ela já não estava mais ali presente. Outras pessoas estavam ao seu lado. E ele ficou mergulhado em pensamentos. Pois quem seria essa pessoa, que ele não saberia descobrir quem era? Que se apresentava como um rosto em plena multidão. Em um minuto, eles conversaram com os olhos.

Fernando Henrique Sanches (Poeta das Almas)

Fernando Henrique Sanches Santos (Poeta das Almas), paulista, 33 anos
Orador da Confraria dos Poetas


Participou de 2 antologias da Confraria dos Poetas:
- "Confraria dos Poetas - II Antologia"
- "III Antologia- Confraria dos Poetas"

Luiz Brito - Sexo

SEXO
(Luiz Brito)

Esta noite eu vou ficar com a poesia.
Fazer sexo com ela
Acariciar as palavras
Beijar os versos
Desejar as estrofes
E gozar
Poesia.

Luiz Brito - Língua

LÍNGUA
(Luiz Brito)

Língua para fora
De fora para dentro.
Roça os lábios
Para cá.

Em outra língua,
Curta, longa
Expressão das outras

Outras
L Í N G U A S
Na mesma língua

Toque.

Cruzamento das línguas

A M E N S A G E M.

Língua
Para fora.

L I B E R D A D E

Filosofia para dentro.

P O E S I A .
O que há de ser

A L I N G U A

Quando Faltar a língua.

Língua dos bichos e dos beijos.

Que trava a língua

L I N G U A G E M.

Luiz Brito

Luiz Brito, paulista, 34 anos
Secretário-geral da Confraria dos Poetas


Participou das 3 antologias da Confraria dos Poetas:
- "Confraria dos Poetas - Um Antologia"
- "Confraria dos Poetas - II Antologia"
- "III Antologia- Confraria dos Poetas"

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Jeny Azevedo - Quimera

QUIMERA
(Jeny Azevedo)

Dores, tragédias, receios
Não trazem consigo
Holofotes, pertinace, gracejos,
Bagarotes, vivace, desejos

E em tempos de loucura,
A placidez murmura
E a estupidez perdura.

De que vale provar a razão?
Se as idéias chamam a ilusão
E o galardão é o único anseio
E nem os males causam receio

Vê, minha senhora?
A alegria agora é transitória
E a paixão... ilusória!

Jeny Azevedo - Marina Vermelha História

MARINA VERMELHA HISTÓRIA
(Éric Meireles de Andrade e Jeny Azevedo)

Feminista, quem te chama é a cidade!
A Marília de mulheres que traçam em luta e suor a liberdade
De céu azul anil e roxo e vermelho história
Com noites em alto-mar de estrelas e sonhos e vitórias
Protagonista de bandeiras e marcas de batom
Mulher guerreira, em ti ardem a luta e o brilho e o tom
Marina, quem te chama é a saudade!
Dos amigos e da família e da cidade...

Jeny Azevedo

Jeny Azevedo, paulista, 18 anos
Tesoureira da Confraria dos Poetas


Não participou de nenhuma antologia da Confraria dos Poetas.

Daniel Ilirian Carvalho - Limite

LIMITE
(Daniel Ilirian Carvalho)

Acossado pelo medo
Me encorajo em cada instante
Não engulo temores inúteis
E teimo incisivamente
Da desgraça faço riso
Pra que vire graça
E respiro a derrota com ar vitorioso
Não sou servil nem tolo
Mas gentil a quem mereça
Pois tudo tem limite
Até mesmo este poema

Daniel Ilirian Carvalho - É a paixão

É A PAIXÃO
(Daniel Ilirian Carvalho)

É a paixão
Que conduz o poeta
Sua dor!
Sua alegria!
E a razão?
Esta vai à margem da poesia...

Daniel Ilirian Carvalho

Daniel Ilirian Carvalho, albanês, 31 anos
Vice-presidente da Confraria dos Poetas


Participou das 3 antologias da Confraria dos Poetas:
- "Confraria dos Poetas - Um Antologia"
- "Confraria dos Poetas - II Antologia"
- "III Antologia- Confraria dos Poetas"

Éric Meireles de Andrade - Primavera

PRIMAVERA
(Éric Meireles de Andrade)

Primavera febril,
Que traz o calor na manhã estrelada
E frio em noites de zumbido.

Primavera de sangue,
Onde pesadelos assumem a janela
E sonhos são guardados para o próximo verão.

Primavera Escrota
Que distraída, deixa suas folhas no outono
Caírem em relações partidas.

Primavera Prima,
Que nasce com as flores perto de meu aniversário
E a cada mudança se cala rendida.

Primavera Vera
Cheia de volúpia e ancas de abrigo
Pseudônimo de árvore que gosta de cio.

Primavera, despedida colorida de inverno alvo,
Primavera, beleza explicita de galhos calvos...

Éric Meireles de Andrade - Morte aos Elefantes Brancos

MORTE AOS ELEFANTES BRANCOS
(Éric Meireles de Andrade)

Morte aos elefantes brancos!
Adornados de memorandos numerados
E pedras de ofícios.

Sepultem seu gosto burocrático
De sua carne gorda e corrupta
E sua medíocre tromba de domínio.

Morte aos elefantes brancos!
E morte aos seus donos de terno e gravata
(magnatas em potes de classe dominante
E moradores em castelos de marfim).

Não titubeiem, fuzilem seus passos de deboche
E suas patas de insensibilidade sádica,
Que castigam um povo com orçamentos frios,
E com filas, é com papéis, e com senhas, e com salas de espera.

Morte aos elefantes brancos!
Ódio aos seus pesos que sufocam
Aos seus dentes que maltratam
E suas bostas que tripudiam!

Sim, morte aos elefantes brancos!

Éric Meireles de Andrade

Éric Meireles de Andrade, mineiro, 38 anos
Presidente da Confraria dos Poetas


Participou das 3 antologias da Confraria dos Poetas:
- "Confraria dos Poetas - Um Antologia"
- "Confraria dos Poetas - II Antologia"
- "III Antologia- Confraria dos Poetas"

Lançamento Nacional da "III Antologia - Confraria dos Poetas"

Lançamento Nacional: "III Antologia - Confraria dos Poetas"
Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Dia 13 de setembro - das 19h30 às 21h30
Av. Paulista, 37 - Bela Vista - São Paulo/SP