CAPÃO REDONDO
Quando chego no Capão
Da estação logo vejo
Lotado, pilhado, socado
Cheio, tal qual minha paciência,
O busão que leva em atacado
O povo para sua residência
A curva do Esse,
Que parece rir de nossa desgraça,
Lembra uma árvore de natal
Com as luzes sem graça
Dos carros engarrafados
Cheios de motoristas estressados
Quero chegar ao meu barraco
Abraçar meus pequenos
E dizer para eu mesmo
Que tudo o mais é de menos
Esquecer que vivo em um buraco
Acreditar que moro em um castelo
Rico, dourado como a vida deve ser
Como meus filhos devem viver
Não quero muito, porém o pouco que quero
É muito para mim que nada tenho
Não ligue
Isto é só lamentação
de quem sai todos os dias
para ganhar o que no dia se come
Aqui no Capão,
quem não corre em busca da vida
não vive para contar
o pouco que deixou de ter
Só quero que os meus
Estudem mais que eu
para um dia conseguir viver
Andocides Bezerra
Que parece rir de nossa desgraça,
Lembra uma árvore de natal
Com as luzes sem graça
Dos carros engarrafados
Cheios de motoristas estressados
Quero chegar ao meu barraco
Abraçar meus pequenos
E dizer para eu mesmo
Que tudo o mais é de menos
Esquecer que vivo em um buraco
Acreditar que moro em um castelo
Rico, dourado como a vida deve ser
Como meus filhos devem viver
Não quero muito, porém o pouco que quero
É muito para mim que nada tenho
Não ligue
Isto é só lamentação
de quem sai todos os dias
para ganhar o que no dia se come
Aqui no Capão,
quem não corre em busca da vida
não vive para contar
o pouco que deixou de ter
Só quero que os meus
Estudem mais que eu
para um dia conseguir viver
Andocides Bezerra
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