A poesia marginal de Eric Meireles de Andrade expressa a lucidez da revolta, “rompe a parede dos tempos”, ouve seu amigo chorar “Benito”” volta à “Minas que tardia”, reencontra sua mãe, sonha com “chuvas chorosas” e nelas busca a paz, bondosas chuvas para quem segura “o mar nas montanhas”.
Quem, poderia pensar em galhos calvos na primavera? Eric Meireles de Andrade pensa e mostra a sensibilidade de olhar para um país como Brasil, tão infinito, tão exuberante, mas ao mesmo tempo com galhos tão calvos, de um povo que ainda não floriu plenamente. Mas que não desiste nunca, e insiste, navega, sorri.
Em seus Fragmentos há tempo de parada na rua do Arouche, “Ô miséria de vida!”, numa rua que transborda, numa cidade que é muitas. Dialética, em “brigas simultâneas e desordenadas”, cheia de encruzilhadas onde o “oposto é ao mesmo tempo o mesmo”. Seus poemas mostram o que Eric foi aprendendo na terra em que há mais contrastes neste Brasil dos contrastes; antropofágico, aprendeu em São Paulo a ser “poeta e analfabeto”.
São 82 poemas mágicos e contemporâneos, que falam das pessoas, da vida, do amor.
O primeiro lançamento foi no Bar do Batata, em São Paulo. Depois no "Mezcla" em Juiz de Fora/MG. Além das duas cidades, o poeta fez o lançamento em Goiânia, Brasília (I Conferência Nacional de Jventude), Rio de Janeiro (Bienal da UNE)
Fragmentos da Poesia Marginal - 2006
Primeiro livro de Éric Meireles de Andrade, fundador e membro da Confraria dos Poetas
ISBN 85-88240-08X
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