MORTE AOS ELEFANTES BRANCOS
(Éric Meireles de Andrade)
Morte aos elefantes brancos!
Adornados de memorandos numerados
E pedras de ofícios.
Sepultem seu gosto burocrático
De sua carne gorda e corrupta
E sua medíocre tromba de domínio.
Morte aos elefantes brancos!
E morte aos seus donos de terno e gravata
(magnatas em potes de classe dominante
E moradores em castelos de marfim).
Não titubeiem, fuzilem seus passos de deboche
E suas patas de insensibilidade sádica,
Que castigam um povo com orçamentos frios,
E com filas, é com papéis, e com senhas, e com salas de espera.
Morte aos elefantes brancos!
Ódio aos seus pesos que sufocam
Aos seus dentes que maltratam
E suas bostas que tripudiam!
Sim, morte aos elefantes brancos!
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