Confrários!: Neologismo utilizado pelos participantes da Confraria, nascido da junção das palavras confrades e revolucionários!
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Fragmentos da Poesia Marginal: "A Mário de Andrade"
A MÁRIO DE ANDRADE
(Éric Meireles de Andrade)
Navegar numa fonte
Que teima passar pela ponte...
Um ronco, um zumbido,
Constrói poesia em língua de floresta.
O barco plaina no desconhecido
E o nome de ruas gestantes de São Paulo
É o resto de nossa língua Tupi.
Mas você olha além da floresta,
E escreve como novidade quente o asfalto e o modernismo...
São Paulo, contigo, é morada de espírito.
Cresce como floresta de cimentos descontraídos
E mulheres deselegantes que não renegam a noite.
Mas entre você há paradoxos em losangos cáqui:
Nos contos, cartas, poesias, repartições públicas,
Na língua cantada e em nossa raça multicolor.
Em sua caneta de insônia febril,
Não há espaços para rimas pobres, ocas e velhas
E não sucumbe à boca maldita de Pietro Pietra.
Em clima de serenidade arlequinal,
Contradições na paulicéia desvairada
Renegadas em prefácio interessantíssimo.
Em seis dias de reclusão na fazenda encantada
Passou em liberdade de anti-herói engajado
Unificando em pena nossas línguas de florestas brasis...
Ainda que Tupis, Jês, Nhegatus,
Portugueses, Tamoios e Guaranis...
...(Aquiete-se meu amigo,
Não seremos engolidos pela tristeza
Somos todos Macunaíma!)...
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