Em
mais um
entardecer
cristalino dos
teus coturnos
cuja
carne podre
pendurada gemia,
a retina
já pálida
perdia o duelo
entre os escombros.
perdida
o brilho do
sorriso fetal, perdia
a última dor na hora marcada.
Em
mais um
entardecer
o linho
branco recebeu
a acoites, uma tintura
ainda quente, pouco popular
naquele meio artesanal.
Um
punhado
de sal é colocado
sobre a ferida velha
e solitária.
mesmo
assim, como
arde, como dói,
como lateja, como chora.
Os
pequeninos
braços com os
músculos ressecados
já não produzem a mesma
força intrínseca, nem o mesmo
abraço comprimido.
o corpo
que isso ordena
estrebucha entre os
arames todo pomposo em
uma cena clássica com ares floridos.
Há uma
correria, há um
aperto de mão, há um
grito, ha uma fumaça, há um
rosto no espelho dentro do caixote
transparente na sala de estar.
Francisco Hawlrysson
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