Eis o país do futuro
De joelhos a caminho do infortúnio
Não sem luta
Pois, de tal forma, nada muda!
“Tá lá um corpo estendido no chão”
Juntamente com ele, outros estarão
Desfaçamo-no logo desse fardo
Bem passadas fardas subjugadas ao Capital
Pelo bem da mãe-pátria
Pela impunidade costumeira
Ocultemos corpos e interesses
À História?
Rasguemo-la algumas páginas!
Os vermelhos crescerão, mas desapareceremos
Cumprimos nossa obrigação com a pátria
A pátria imperialista de tio Sam
Afinal, a quem mais devemos satisfação?
Sendo pelo bem da nação
E para felicidade geral do Capital
Onde reside o mal?
Atendamos a pequena burguesia
Também a classe média
Ocultemos o mal
Que o não virar de página nos reserva
Às favas com a Comissão da Verdade
Que punam os pobres de sempre
Aos poderosos o povo reserva:
Vão à merda, burgueses filhos da pátria!
Valter Ramos Jacinto
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