AS PRIMAVERAS DE
VIDRO
Ninguém pode ver a verdade
muito menos sê-la
ou fingir que as lágrimas das pessoas
sejam pura vaidade
ou um copo de gelo.
Ninguém tem olhos azuis porque quer,
ou a culpa de ser inocente.
era a minha intenção
era a minha intenção
ser feliz no meu aniversário
mas ninguém aniversaria
numa cidade estática
ou quando as árvores
chamam por teu nome.
chamam por teu nome.
Todas as primaveras
são uns montes de arbustos. lá,
é onde os pardais rezam por seus filhos
é onde o vento soa frio
é onde me encontro
e onde escondo as mascaras
do redentor que entumece sozinho.
Ao girar
me afasto das verdades
que nascem aos montes
e que morrem sob os pés inocentes
que constroem edifícios altos
pulsando os vivos
mesmo contra a vontade dos outros
mesmo contra dos teus braços e coxas.
Francisco Hawlrysson
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