PAREDE POR MIM PINTADA
Por favor, meu amor, não escreva sob o chão molhado.
Venha até a mim em passos de recanto.
Desfaça a misericórdia
No beijo molhado e seco e amargo
Enquanto o dia morre
Nas contendas, nas salivas
E nas masturbações.
Talvez nesse local onde arde tua pele trêmula
Quando tocada pela mão calejada
Sem o esplendoroso gozo,
Girava o ponto
Onde findava a minha tortura
A cada dor e espasmos recorrentes
Da destruição das belezas
E dos sonhos feito de sangue.
Em qualquer dúvida
Que dilatava o profano
Vês as alegrias recorrente
Na outra margem do rio
Onde morreu meu amor.
Porém, o sóbrio e cavalar
Beijo de altar
Desfaça a maldição que me encontro agora
Onde o temporal seja magro
Onde agora cortejo teu túmulo
Num conto encantado.
Francisco Hawlrysson
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