SEDE DENTRO DE UM MUNDO D'ÁGUA
Poetas, me salvem.
Estou morto de poesia.
Tão longe.
Do sertão, aqui só tenho a solidão e a sede
(são milímetros tão compridos, aos poucos torturando)
Poetas,
me tragam a vida, suas gramas, graças e tristezas,
o doce salgado amargo que estalam seus dentes.
Quero defeitos e sonhos,
Sonhos (…) mesmo que instantâneos, como suco de saquinho,
manchando a água, colorindo o gosto (não precisa adicionar
açúcar).
— Me ofereçam, tenho sede!
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