POEMA PARA CACHORROS
Os olhos do cachorro cativavam meu espírito.
Abriam a imaginação de uma sensibilidade envolvente.
Como uma espécie de prazer, que enternecia os olhos com
uma alegria desinteressada.
Parecia que já nos conhecíamos antes, lado a lado. Um dia
éramos grandes amigos.
A beleza na pureza da recepção na alma é a dos cachorros.
Eles falam com os olhos e não pensam coisas filosóficas.
Nada passa pelo reconhecimento do cheiro.
Pelo cheiro, suas sensibilidades conhecem aquilo que
possuímos no coração.
Alguns foram crianças que tocavam o sonho, como um cachorro
sorrindo por viver um fim de tarde na praia com seu dono.
Existia um cachorro que via televisão, outro ficava na janela
observando, pensando num mundo mais amigo da ternura.
Eu falava, assim, suas línguas, e me perguntava o que eles
sentiam por dentro, não acreditava que ali somente existia
um ser mecânico.
Era poeta e dizia…
Quem sabe um dia, em outra vida?
Eu também fui lobo.
Um cão para acalantar as crianças
e fazer, de suas almas, brinquedos
para os sentimentos e pensamentos.
(Poeta das almas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou?! Comente!