SAMBA DA DECISÃO
Quando decidi que não podia mais continuar com nosso amor,
eu não sabia o tamanho da dor
que estava reservada ao nosso fim
Os sonhos destruídos em pequenas partes
das nossas noites, antes estandartes,
eram, agora, vidraria em estilhaços, dilacerantes
Quando por descuido quebrávamos nossas taças e cristais
O vinho de outrora não nos faz mais rir,
não nos faz dormir. Não nos enrubesce mais
Apenas inebria e anestesia nossas desesperanças
Nosso presente de lembranças
e a apatia dos novos carnavais
Por que, então, continuar ausentes?
Enquanto ainda há vida, há um presente
Por que não nos vamos? Por que não seguimos em paz?
Quando decidi que não podia mais continuar o nosso amor,
não quis medir a dor, como medem as ruas os marginais
Em busca do invisível, no escuro,
do imprescindível no imaturo
do plausível nos jornais.
Quando decidi que não podia mais seguir com nosso amor,
pude resistir à dor, na despedida não me fiz de redimida
Olhei otimista, a partida e, me entreguei aos seus tribunais,
quando decidi que não podia mais seguir…
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