TRISTE POEMA POBRE DE UM DESABAFO SEM FIM
Sinto falta de um amor que me ame na proporção
do amor que te dou.
Acontece que esse amor existe, eu sei.
Está pronto para me salvar deste precipício em que me
encontro.
Eu totalmente perdido na tentativa frustrada
de construir um destino que não é para dar certo.
E te dou o amor que tenho em grande proporção,
como quem se doa ao abismo de um desejo mal resolvido,
incompreensível.
Que, de tão febril, sangra até doer.
Eu não suporto mais, embora persista nesse precipício, que
é cada vez mais fundo.
Parece morte, mas é a desilusão pela vida.
Sei que tem alguém me esperando, mas que renego, teimoso.
Por covardia e arrogância. Idiota, prefiro a angústia no meu
peito. Ah, Deus!
Sinto vontade de chorar, mas o choro me falta porque,
nessas horas, sinto raiva.
Raiva de ti, que agrado como posso, mesmo sem saber o que
te agrada.
Lamento! Mas tem alguém que não me quer nada
E que minha insegurança, minha desconfiança. Meu coração
repulsa.
Simplesmente porque escolhi cair com você no precipício. E
o precipício será o meu fim, fim do abismo.
Terra da tristeza e da solidão
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