O leite estava morno,
fora da geladeira, em cima da mesa,
abandonado às moscas e ao calor
por horas e horas e horas e horas e horas
ficou ali.
Eu olhava o copo, olhava o leite,
me identifiquei.
O copo alto, limpo e largo.
O leite encorpado, liso e promessa de prazer…
Tomei coragem e bebi.
O leite me apresentou meu interior, há pouco vazio por horas
e horas e horas
e horas e horas e horas sem beber
E comer.
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