Um marujo experiente aventurou-se no embarque de um
submarino. Mas, o negócio dele sempre foi a proa, com o céu
aberto, a visão da imensidão d’água, as gaivotas, golfinhos,
baleias e tubarões… e, pelas noites, sua diversão sempre
foram as estrelas ou as nuvens de tempestade nas ressacas
das ondas que brincavam de devoradoras de gente dos mares
e oceanos… Agora, enfurnado numa caixa de ferro e aço,
submerso num mundo de botões, escotilhas e alavancas, o
tal marujo, pela primeira vez, desconjura o ofício, já que o
vento não lhe afaga a fronte e teus olhos já não alcançam as
praias… Deseja a proa o mais rápido possível, antes que o
tédio da clausura o faça esquecer de tuas asas…
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