SENHORA
Permita, senhora, que eu possa apresentar o meu mal,
esse que se esconde atrás da parede azul. E de onde observa
o meu corpo nu.
Onde a inconsolável dor de viver tem cheiro de queijo, tem
cheiro de água.
Não me importa, senhora, com quem andou.
É sempre comigo que isso acontece.
O dia me grita quando não vejo a minha imagem no espelho.
Por isso,
eu não deveria revelar:
“mas como eu choro”.
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