Apresentação:
POESIA RIMA COM POLÍTICAS PÚBLICAS
A Confraria dos Poetas conseguiu mais uma grande vitória ao realizar sua III Antologia. Até aqui, foram 53 poetas de várias cidades e sonhos. A entidade se sente realizada e vitoriosa com mais esta realização. Com um projeto simples, conseguiu ir além do que se esperava.
Nesse ínterim de três publicações, geraram-se novos amigos, abriram-se novas referências literárias, deram-se novos tons e consciências, apresentou-se um olhar mais crítico e humano ao nosso país e ao mundo. Incentivou-se a pesquisa estética e, consequentemente, aprimorou-se a criação lírica.
Confirma-se a tese que, por meio das antologias, incentiva-se a leitura e gera-se um público admirador dos poetas contemporâneos. Além disso, realiza-se um diálogo com as várias estruturas poéticas espalhadas pelos rincões brasileiros. Interligam-se os poetas que já têm livros publicados com os novos participantes, repletos de novas construções e olhares; barateia-se o acesso do poeta à realização do livro publicado e garante-se a autossustentabilidade na participação do projeto, ao reconstituir-se o gasto inicial da edição cotizada entre os participantes.
É necessário ampliar e incentivar a construção de novas antologias poéticas. Agregar mais poetas, inclusos aqueles que têm belíssimos versos e grandes obras, mas que não participaram desta e de outras antologias por não garantirem recursos financeiros iniciais. Se as antologias são espaços de inclusão literária, é necessário entendê-las, também, como inclusão social e econômica.
O que esta antologia inaugura é transformar esse sonho em realidade. Por intermédio de uma simples parceria com a Prefeitura de Marília/SP, com a Secretaria de Cultura e a Confraria dos Poetas, conseguimos a participação de dez grandes poetas da cidade.
A proposta é simples: o governo financia a participação e, na contrapartida, recebe, de cada poeta, dez livros para serem distribuídos na Biblioteca Municipal, escolas públicas, etc. Os poetas, sem a necessidade de cotizar a construção da antologia, ficarão com uma cota de livros que gerará renda.
Isso é inovação nas políticas públicas! E também incentiva a leitura e a promoção de artistas citadinos, divulgando suas obras. Com poetas de outras localidades na antologia, a distribuição chega a outras cidades e regiões, nacionalizando e respaldando ainda mais os poetas locais.
Poesia rima com políticas públicas. Planejar programas e ações simples, mas contínuas, inovadoras, republicanas como esta experiência é que alterará o alarmante quadro da pouca quantidade de leitores no Brasil. Além da construção de antologias, é preciso valorizar a formação dos poetas, realizar cursos, ampliar os materiais de pesquisa e diversificar as obras literárias nas bibliotecas, com poetas novos nas estantes. Incentivar encontros literários, ajudar no traslado dos poetas para atividades fora da cidade, incentivar a leitura poética dentro e fora das escolas são exemplos de ações básicas que causam reflexos positivos, emulando o crescimento cultural de um povo.
Como a Confraria dos Poetas identificou, em seu manifesto, – “Acreditamos que não foi dada à poesia seu real valor nas políticas públicas, salvo raríssimas exceções. A poesia precisa entrar na preocupação e na elaboração de políticas públicas, como o teatro, o cinema, a fotografia, a escultura, entre outros, pois ela é a janela necessária para a autodescoberta e dá condições para um novo olhar da humanidade.” (Marília/SP) – foi uma rara exceção e gerará bons frutos com essa simples ousadia!
Saudações poéticas!
CONFRARIA DOS POETAS
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