Nuvem de poeira
É uma nuvem. Poeira que invade os olhos
Lacrimejam. Sufoca, asfixia! E não se sente.
Está em todos os lugares, a todo momento,
Num único lugar.
Atrapalha, ajuda e morre.
Renasce, alegra e inebria.
Como julgá-la senão pela sua presença?
Na brincadeira do desejo
Fisgado pela seriedade de um louco
Que se perde, se esvai e pensa que vive.
Não se vive mais
Pelo menos a vida própria
Porque é a poeira
Que invade todo o corpo, mente e libido.
Nada mais existe, tudo é paixão.
Pena que ela se assenta
Revela a percepção do tudo
A clareza do real e a desilusão dos olhos
Uma pureza que surge e faz enxergar
Que está sozinho.
Luizinho Brito
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