AUTORRETRATO
MOSAICO
Sucessões de quebras e colagens.
Cada dor, sofrimento, angústia trinca os vidros
Que voltam a se colar em formatos diferentes.
Em formas cada vez mais indefinidas.
A perfeição não existe.
Na confusão de pequenas formas disformes
é que tomo forma.
A cola, o que me une é o Amor.
Sempre presente, constante, infinito, chama que aquece e
liga, une intensamente cada parte minha.
Cada trinca, cada rachadura, cada pedaço partido me fez o
que sou hoje. Amálgama.
A criança cresceu, virou jovem, amadureceu. Homem.
Caminho para a plenitude.
Hoje sou o que vivo intensamente.
Cada momento.
Cada sentimento.
Cada emoção.
Cada pensamento.
O sorriso com meu bebê.
O orgulho do meu menino.
A vida com minha amada.
As maiores partes do que sou.
Cada parte do meu todo.
Que não é parte sem qualquer parte.
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