AUTORRETRATO
FISIOLOGIA
Na cabeça, a razão; nas mãos, carinho; nos braços, trabalho;
no coração, gente querida; nos pés, o caminho que me leva.
A consciência de que a existência é para agora, para o hoje.
O futuro ao homem pertence.
A responsabilidade por cada um dos meus atos e a certeza
de ser dono de mim mesmo. De vários personagens na
minha vida, deus é mais Um.
A indignação que me torna companheiro de Homens e Mulheres
que vivem por um Mundo melhor.
Os amigos, mais que amigos, Camaradas, que aprendem com
o mundo, transformam suas vidas e as nossas.
A existência que não é em vão
e a passagem no mundo que deixa marcas na História.
O carinho pelas pessoas que me tornam mais humano.
As mãos que gritaram, empunharam bandeiras, escreveram…
afagam, acariciam, toleram, amam, tocam, limpam Lágrimas,
carregam Brinquedos, trocam fraldas, aconchegam o corpinho
cansado, a mochila cheia de Sonhos, os livros de todos dão
as mãos, arrepiam a Amada.
O Suor que traz humanidade.
A necessidade que me faz forte.
A exploração que me põe em alerta.
O trabalho que torna o ser humano.
Que alimentou, protegeu, caçou, plantou, cultivou,
nos fez evoluir como humanidade.
O destino de milhares nas mãos de poucos.
Onde estão meus braços nesses milhares? Lado a lado, elo
da corrente dos que caminham, puxam, lutam por dias melhores,
do povo, das gentes,
dos Corações humanos.
Do tamanho do “muito além” é meu coração.
Nele cabem as pessoas queridas da minha vida.
Minha Amada. Meus Pequenos. São parte dos músculos que
levam vida a todo meu ser, às minhas ideias, meu afeto, meu
suor, meu caminhar.
O choro de Felicidade é que mais me emociona, que mais me
faz feliz por me sentir humano e amado, e um ser que ama.
Que chora, que se encanta com as pequenas coisas da vida,
e que são enormes, maiores que tudo.
Minha companheira – mulher Amada; meus filhos – o Bebê
e o Menino, no meu coração habitam e, nessa morada, decoram
com sua alegria e amor. Amor… Amor.
Os caminhos que levaram meus pés me fizeram parte do
mundo, e o mundo parte do que sou.
Os lugares, as pessoas, as emoções, as conversas, os prazeres…
Por onde fui, por onde vou, para onde irei…
Só meus pés é que sabem.
Confio neles: irracionais, desapegados, sozinhos e preguiçosos
me levaram a ser o que sou.
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