Potes de água são tormentos para a alma...
Comedidos passos
Que são dados
A fim de que não os derrubem
Nem pensar em quebrá-los!?
Potes de água
Que promovem servidão e angústia a todo cidadão
Que por sede de vertê-los na garganta
Se acaba em sufocar o coração
Potes de água,
Carregam tudo na pequenez
Amesquinhada do seu barro,
Enferrujado pelas regras do tempo
Na caminhada ansiosa que se presta
No anseio de chegar ao seu jarro
Potes de água não suportam a dimensão
Do peso jorrado pelas cachoeiras
Que ao homem aliviam a tensão
Que se quebrem, se destruam!
Se libertem as águas presas
No desejo incontido,
De à Lua voar livremente,
Pelo oceano desbravar continentes
Sim! Que potes de água
Não resistam às cachoeiras,
Que não pedem licença,
Nem no cinismo comedidas,
Façam que os desejos se realizem
Na queda inefável de suas águas cristalinas!
Daniel Carvalho
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