Tu
Desejei para ti a morte
Mas logo percebi
Que isto te seria
Uma benção muito nobre
Mereces viver muito tempo ainda
Tempo para ver que sofrer
É condição de uma dor que não se
finda
O caminho que tu segues
A vaidade te indica
Soberana e mordaz
Em que o outro nada importa
Aliás, só tu e nada mais
O que queres em sua órbita
Nojenta, asquerosa,
Pútrida e aviltante,
É alguém desejoso
De ser o teu amante
Suficiente é o tempo
Que tu julgas controlar
Controlando friamente
Onde eu não possa suportar
Suportar tanta angústia
Tanto desalento
Que nem pílulas
Ou remédios
Tornaram-se meu sustento
E assim caminhando vou
Desejando-te o pior
Pois tu és indiferente
A quem esteve ao teu redor
Daniel Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou?! Comente!