Por Guiberto
Genestra
Sidney Dias Pereira, o Poeta, o
Mestiço, o amigo Milico Vermelho. Fazer essa apresentação soa como um breve
alento a essa falta tão grande que ele nos faz. Há quase um ano ele se foi. Nos
deixou herdeiros; seus dois filhos, amigos incansáveis na saudade e um violão.
Sidney, se vivo estivesse, certo estou iria contemplar nossa primeira antologia
com presteza, somada ao seu senso crítico e sua sagacidade. Um termo que lhe
era peculiar e fazia dessa qualidade sua ordem do dia. Provável herança de
mineiro lá de Caratinga. Amigo sincero, determinado pelas causas da vida e da
justiça mostra em sua poesia o tamanho de sua força e como o guerreiro é
incansável quando luta pelos seus ou quando está ávido por um amor. Boêmio,
amante e porta-voz da nossa cultura, quisera eu fosse um líder e pediria a
todas as nações do Maracatu que lhe fizessem uma homenagem. Cada toque do
tambor nos lembraria todos os dias em que seu coração bateu. Seria apenas uma
singela retribuição pelo que fez de sua pena, com suas idéias e com fortes
abraços no pequenino espaço de tempo que esteve ao nosso lado. Se há algum deus
que lhe ressuscite à vida, tenho a certeza de que lhe permitiria cometer todos
seus pecados novamente.
Fevereiro/2007
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