Confrários!
Meus
amigos escrevem poesias em pé.
Levantam
humores rápidos,
Sentimentos
dos mais rápidos
Aos
mais meticulosos.
Meus amigos vivem poesias
Todos
lêem poesias de outros poetas,
Dos
mais requintados, exigentes,
Aos
mais podres e imediatos.
Meus
amigos escrevem poesias
E
não se perdem na sinceridade,
Preocupam-se
em não serem medíocres
E
nem poeiras apodrecidas de livros.
Meus
amigos escrevem poesias
E
não poemas de pré-vestibulares,
Abanam
a história dos homens
E se refrescam em frestas de peludas mulheres.
Meus
amigos escrevem poesias,
Contemporâneas
como são as revoluções.
Destilam-se
na sensibilidade da luta,
E
se abraçam, esperando o fim do dia.
Meus amigos escrevem poesias.
Chico
César torce pelo Botafogo,
Guiberto
Genestra bebe tertúlias,
A
Mariana, que é safada, reza para Deus,
E
eu sou parte de todos.
Por
esta liberdade de serem poetas,
Escrever
é o fuzil singelo
De
mandar ao expurgo de Antártida
Os
medíocres “escritores” de escrivaninha.
E
para o inferno de ilhas sem águas,
Os
lambe-sacos que escrevem
Para
o nada
(E de anáguas)…
Éric Meireles de Andrade
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