Clarissa
Sorria mansamente um riso forçado — e no canto dos olhos:
nada
apenas o nada.
no teto do meu quarto — as querubinas gemem: um
canto de dor. Talvez!
Ah, estranheza, profundezas, coração!
tudo isso e mais um pouco — se espalha na vastidão.
queria saber amar
não esse amor simplório: homem-mulher, homem-homem, homem-vida,
mas o amor homem-eu.
E esse difícil que escorre entre os dedos
sempre altivo e curioso — tentou em códigos decifrar: o que
é a vida?
ao descobrir (uma decepção já esperada)
decidiu não vê-la.
e o seu reflexo já disforme
permaneceu preso no punhal na mão daquela criança.
Francisco Hawlrysson de Sousa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou?! Comente!