Atrás do horizonte
Atrás do horizonte
Há um lugar que não fui
Nele, brinca uma criança
Lança bolinhas de gude
Sem perceber que altera
As órbitas dos planetas
E o destino dos seres
Destino moribundo
Leva e se deixa levar
Não há um círculo traçado
Como água escolhe o curso
É resgatado pela mão infantil
Para tornar a correr pela areia
Terreno móvel
Ao gosto do vento
Ao léu, feito o tempo
E giramos
Conforme a aspereza do chão
Ou, a doçura daquela mão
Sem saber que o jogo é eterno
Inescapável capa de vidro
Que estampa o céu
Para esconder o infinito
Nos confina ao efêmero
Que nos padece e sucumbe
Na terra
Gabriel Fialho
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