Há um lunático em minha cabeça
Há um lunático em minha cabeça
Quando durmo ele acorda
Quando acordo ele dorme
Ele é meu pesadelo
Eu sou o seu pesadelo
Há um lunático em minha cabeça
Eu perturbo seu sono
Chorando madrugada afora
Ele se vinga
Com a sua insônia
Há um lunático em minha cabeça
Reluto na cama
Tento sonhar
Ele aparece com seu cinismo
E enche a noite de horror
Há um lunático em minha cabeça
Que não me deixa acordar
Mas o Sol o incomoda
Desperto, agora me martirizo
Apenas para vê-lo sofrer
Há um lunático em minha cabeça
Que sempre me diz boa-noite
Mesmo que eu me embriague
E perca a consciência
Um dia ele me mostrará
Numa sensação estranha
A cena repetida que esqueci
Há um lunático em minha cabeça
Corro, sem olhar para trás
Mas estás em minha cabeça
Ahhhh! Grito, arranho, escumo
Firo a cabeça, procuro a
alucinação
Há um lunático em minha cabeça
E ele acorda preguiçoso
Boceja e se coça
Enquanto caio em sono profundo
Ele maquina e gargalha
Há um lunático em minha cabeça
Decepem-na logo
Seus olhos brilham de maldade
Não, não… suo
Acordem-me
Não há ninguém por perto
Apenas eu, imóvel
E o lunático e sua faca
Não, não… nããããããããão!
Ele se esfaqueia
Acordei?
Há um lunático em minha cabeça
ou
Há uma cabeça em meu lunatismo
Gabriel Fialho
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou?! Comente!