Inventamos máquinas
Inventamos máquinas
Elas criam a vida
Que não guarda andarilhos
A pedra vira asfalto
Mas, também é matéria
De perto outro mundo
Se descortina
Por entre seus sulcos
Caminham formigas
As formas e cheiros
São paisagens atemporais
Na memória
E se vingam
Ao mostrar-nos o tempo
Pois corremos
Para inventar novas máquinas
Enquanto as rugas
Não envelhecem anciãos
Contemplar o tempo
É invertê-lo
O eterno presente
Revela-se no instante
Do rebentar do grito
No eco
O vale e as montanhas
Mostram suas dimensões
Que se espalham pelo mundo
Enquanto cabem em nós
Ao alcance da voz
Gabriel Fialho
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