Era um viajante. Como qualquer um desses que tem por aí.
Ele não era qualquer um que tem por aí, mas era um viajante.
Navegava por tantos mares que todos cabiam num só.
Num único mar.
Viajava pela lupa e pela tela, pela ilusão e pela vida.
Tinha heróis e inimigos, mas não tantos.
Chegava e partia. Imaginava coisas, via fatos.
No vai-e-vem das ondas, era um viajante.
O destino estava logo ali no horizonte.
A esperança é o horizonte, que quando se alcança
Não se enxerga nada além de outro.
Um dia o horizonte será finito.
Assim esperava o viajante. Sempre de lupas e telas.
Um pontinho preto se mexe no longínquo céu branco.
Está próximo a realidade.
Não se tratava de um pontinho preto, mas vários.
E vários, e mais, e mais, são muitos.
Já não se via mais peixes, mas lixo
O horizonte havia chegado. Deixaria o viajante de sê-lo.
Luizinho
Brito
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